N.114| 14 de outubro de 2014

Nova seção no Alerta

DIÁLOGOS POSSÍVEIS

Em busca do diálogo entre as Ciências

 
 
 
 

A seção Diálogos se destina a fomentar a interação entre pesquisadores/autores, de distintas áreas do conhecimento, que disponibilizam o conteúdo de sua produção no Repositório Institucional da UFBA. Boa leitura!

 

Alerta é uma publicação do Núcleo de Disseminação do Conhecimento (NDC) e destina-se a divulgar a produção acadêmica da UFBA registrada no seu Repositório Institucional. O Núcleo foi criado e é mantido pelo Grupo Gestor do Repositório Institucional da Universidade Federal da Bahia (RI/UFBA). Para mais informações e para acessar todas as edições do Alerta, visite: www.ndc.ufba.br.

 

A professora Maria Herminia Olivera Hernandez (MH) da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia (UFBA) dialoga com o professor Evergton Sales Souza (ES) da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFBA

 

MH - Em sua formação acadêmica e investidas como pesquisador, é notável o lugar privilegiado ocupado pela história religiosa, voltada para o clero secular. O que explica o pouco espaço oferecido ao clero regular?

ES - Durante muito tempo, os estudos históricos apontaram para a enorme importância das ordens religiosas na construção da Igreja e do cristianismo no Brasil. O interesse de cada congregação religiosa na preservação de sua própria memória contribuiu para a publicação de importantes estudos sobre a presença e a atuação de cada uma delas na América portuguesa. A monumental Histórica da Companhia de Jesus, de Serafim Leite, é um bom exemplo disso. O peso dessa produção historiográfica sobre o clero regular terminou por afetar a própria visão geral acerca do desenvolvimento da instituição eclesiástica no Brasil, na medida em que, na ausência de estudos sobre o clero secular, ganhou terreno a crença de que seu papel teria sido diminuto.

Em meus estudos mais recentes, tenho procurado mostrar a importância do clero diocesano no desenvolvimento das estruturas do enquadramento religioso. Fazer dessa Igreja diocesana o centro de minhas atenções não equivale a desconhecer o importantíssimo papel do clero regular em nossa história. Muitas vezes, aliás, são fontes documentais produzidas por regulares que fornecem elementos decisivos para a compreensão de aspectos relativos à construção da instituição eclesiástica e à expansão do cristianismo entre nós. Meu objetivo, ao privilegiar o estudo do clero secular, tem sido o de contribuir para a elaboração de uma visão mais completa e complexa da história da Igreja na América portuguesa. 

 

MH - Que contribuições podem ser percebidas em sua atual produção acadêmica e que resultam de sua convivência com a Prof. Katia de Queirós Mattoso?

ES - Dona Katia tem uma importância crucial em minha formação. Devo-lhe muito do que aprendi sobre rigor e metodologia no estudo da história. A preocupação em construir uma história aberta, atenta às múltiplas relações existentes entre diferentes aspectos da vida em sociedade, o que exige do historiador um grande esforço de compreensão que se torna tanto mais rico quanto maior seja a sua cultura histórica, é um legado de Dona Katia que procuro seguir e retransmitir aos meus alunos.

 

MH - Em uma de suas recentes pesquisas, destaca-se a intenção de discutir a multiplicidade de territórios e culturas contida na Cidade de Salvador da Bahia, articulando-a com o mundo Atlântico, num período de longa duração. Como tem se dado a operacionalização de uma proposta dessa complexidade?

ES - O projeto Uma cidade, vários territórios e muitas culturas. Salvador da Bahia e o mundo Atlântico, da América portuguesa ao Brasil República, que conta com financiamento da Capes/FCT (Portugal) está associado a um outro, que vem sendo desenvolvido há um pouco mais de tempo, intitulado Bahia 16-19 – Salvador da Bahia: American, European and African forging of a colonial capital city, financiado pela fundação europeia Pierre & Marie Curie Actions. São projetos coletivos que contam com mais de 30 pesquisadores engajados em equipes da Universidade Nova de Lisboa, da Ecole des Hautes-Etudes en Sciences Sociales (Paris) e da UFBA. Os projetos têm possibilitado aos membros de cada equipe o deslocamento para a realização de pesquisas e a promoção de vários workshops – em Salvador, Lisboa e Paris – sobre as diferentes temáticas abordadas. Um primeiro resultado do nosso esforço conjunto e dessa troca de experiências deverá ser publicado nos próximos meses, num volume com textos que, majoritariamente, abordam aspectos relacionados à centralidade de Salvador no Atlântico Sul português (Séculos XVII a XIX), explorando temas socioeconômicos, políticos, culturais e religiosos. Devo assinalar que, no presente caso, à preocupação científica se junta o interesse de promoção do intercâmbio institucional, pois o volume referido será publicado em parceria pela Edufba e pelo Centro de História de Além-Mar da Universidade Nova de Lisboa.

 

 

 

ACERVO

Anestesia

Do grego antigo αν-, an-, “ausência” e αἲσθησις, aisthēsis, “sensação”, tradicionalmente significa a condição de ter a sensibilidade (incluindo a dor) bloqueada ou temporariamente removida, permitindo que pacientes que passem por cirurgias e outros procedimentos não sintam a dor que experienciariam sem a anestesia. A palavra foi cunhada pelo médico americano Sr. Oliver Wendell Holmes, em 1846. Também tem relação com a ausência de consciência reversível, seja ausência total de consciência (uma anestesia geral), ou ausência de consciência de uma parte do corpo, como causam uma anestesia axial ou outro bloqueio de nervo. Anestesia é um estado farmacologicamente induzido de amnésia, analgesia, perda de responsividade, perda de reflexos musculares esqueléticos e diminuída resposta a estresse. No RI/UFBA você encontra diversos trabalhos acadêmicos sobre este tema, entre os quais:

 

Anestesia em técnica odontológica. Estudo crítico da anestesia para o critério seletivo do seu emprego em odontologia

MATOS NETO, Francisco Liberato de

 

Avaliação das variações hemodinâmicas durante a indução anestésica em pacientes hipertensos tratados

Silva Neto, Walter Viterbo da

Azevedo, Giselli Santos
Coelho, Fernanda Oliveira
Netto, Eduardo Martins
Ladeia, Ana Marice

 

Avaliação de parâmetros cardiovasculares, ventilatórios e hemogasométricos de coelhos anestesiados com isofluorano ou sevofluorano e submetidos à ventilação espontânea ou controlada a volume

Carneiro, R. L.

Nunes, N.
Lopes, P. C. F.
Moro, J. V.
Uscategui, R. R.
Moraes, V. J.
Martins Filho, E. F.
Gomes Júnior, D. C.
Costa Neto, J. M.

 

Eugenol como anestésico para a tilápia-do-nilo

Vidal, Luiz Vítor Oliveira

Albinati, Ricardo Castelo Branco
Albinati, Ana Catarina Luscher
Lira, Alessandra Danile de
Almeida, Tainá Rocha de
Santos, Gisele Baiana

 

Dilemas bioéticos na prática da anestesia

Meneses, José Abelardo Garcia de

 

Pecuária

Atividade que envolve a criação do gado, domesticação e reprodução de animais. É praticada desde o período Neolítico, quando o homem teve a necessidade de domesticar o gado. A pecuária ocorre geralmente na zona rural e é destinada à produção de alimento, tais como carne e leite, também utiliza a lã e o couro para criação de vestimentas e calçados. Existem dois tipos: a pecuária de corte, que é destinada para produção de carne, e a pecuária leiteira, destinada à produção de leite e seus derivados. O Brasil é um dos países que mais trabalha com essa atividade e que mais exporta carne de boi e frango. No dia 14 de outubro comemora-se o Dia da Pecuária. No RI/UFBA você encontra diversos trabalhos acadêmicos sobre este tema, entre os quais:

 

Pecuária em Santo Estevão: algumas alternativas

Silva Neto, Diogenes Borges da

 

Pecuária leiteira como alternativa de diversificação produtiva à cacauicultura: uma análise do município de Ibicaraí-BA

Santos, Eric Gumes Lopo dos

 

Avaliação das condições de obtenção do leite e da ação de sanificantes no tanque de expansão em uma propriedade leiteira no Município de Candeias /Bahia – estudo de caso.

Silva, Guilherme Augusto Vieira da

 

De “capital da pecuária” ao “sonho de pólo calçadista”: a constituição da estrutura urbana de Itapetinga, BA

Oliveira, Nelma Gusmão de

 

Nos currais do matadouro público: o abastecimento de carne verde em Salvador no século XIX (1830-1873)

Lopes, Rodrigo Freitas

 

 

Leitura

Ação em que se interpreta um conjunto de informações. A palavra deriva do latim lectura, que significa eleição, escolha e leitura. Nem todos os tipos se apoiam na linguagem, pois uma pessoa pode fazer leitura de uma partitura musical, obra de arte e pictogramas, por exemplo. Faz parte da formação cultural, estimula a imaginação, amplia o conhecimento e enriquece o vocabulário. O hábito da leitura é considerado importante, pois desenvolve o raciocínio, senso crítico e interpretação do leitor. No dia 12 de outubro comemora-se o Dia Nacional da Leitura. RI/UFBA você encontra diversos trabalhos acadêmicos sobre este tema, entre os quais:

 

Os espaços convencionais e alternativos de leitura

Gesteira, Ivana Aparecida Lins

 

A mediação da leitura: o caso do curso SESC vem ler

Silva, Maria da Conceição

 

A contribuição da leitura no tratamento de jovens e adultos usuários de drogas na clínica do Cetad/Ufba

Andrade, Ana Rita Cordeiro de

 

A leitura-estar-no-mundo e a constituição do sujeito-leitor

Oliveira, Rosemary Lapa de

 

Histórias de leitura na terceira idade: memórias individuais e coletivas

Silva, Ana Lúcia Gomes da