N.117 | 4 de Novembro de 2014

Nova seção no Alerta

DIÁLOGOS POSSÍVEIS

Em busca do diálogo entre as Ciências

 

 

A seção Diálogos se destina a fomentar a interação entre pesquisadores/autores, de distintas áreas do conhecimento, que disponibilizam o conteúdo de sua produção no Repositório Institucional da UFBA. Boa leitura!

 

Alerta é uma publicação do Núcleo de Disseminação do Conhecimento (NDC) e destina-se a divulgar a produção acadêmica da UFBA registrada no seu Repositório Institucional. O Núcleo foi criado e é mantido pelo Grupo Gestor do Repositório Institucional da Universidade Federal da Bahia (RI/UFBA). Para mais informações e para acessar todas as edições do Alerta, visite: www.ndc.ufba.br.

 

DIÁLOGOS POSSÍVEIS

Em busca do diálogo entre as Ciências

 

O professor Pablo Sotuyo (PS) da Escola de Música da Universidade Federal da Bahia (UFBA) dialoga com o professor Cristiano Fontes (CF) da Escola Politécnica. 

 

 

 

(PS) Na sua produção acadêmica, há uma ênfase natural no controle de qualidade de processos industriais, sua sustentabilidade e impacto ambiental. Fale acerca de como esses conceitos se definem e interagem no confronto com o modelo da obsolescência programada e suas derivações.

 

 

(CF)Na verdade temos trabalho com mais ênfase no desenvolvimento e aplicação de técnicas visando a melhorias de processos industriais no tocante ao controle da produção, detecção de falhas, extração de conhecimento, etc... Não tenho contato nem conhecimento suficiente sobre a questão de modelos de obsolescência programada. Sei e entendo o conceito de obsolescência programada e, no contexto da sustentabilidade, penso que (posso estar equivocado) esta lógica representaria uma prática não-sustentável.

 

 

(PS)Considerando a aplicação de determinados sistemas de controle ou de processos lógicos aplicados nas ciências sociais (aplicadas ou não) como já aconteceu com o HACCP (Hazard analysis and critical control points) no final do século passado, gostaria que discorresse sobre o que é, em termos leigos, a lógica FUZZY e que tipo de benefícios poderia trazer a sua eventual aplicação fora da sua área de aplicação original.

 

 

(CF) A lógica fuzzy pode ser encarada como um dos ramos da grande área de inteligência artificial e, em linhas gerais, procura oferecer um tratamento quantitativo à subjetiva presente na informação humana. Muitas vezes, modelos ou relações que definem o funcionamento de sistemas devem ser descritos através de especialistas com base em regras heurísticas, por exemplo, “Se a velociadade do carro estiver alta então reduza um pouco a aceleração”. O que é velocidade alta ?? o que é reduzir um pouco a aceleração ?? a l[opgica fuzzy pretende dar um tratamento matemático e lógico a estes aspectos viabilizando uma avaliação quantitativa destas regras. Neste contexto, a l[ogica fuzzy é uma aplicação transversal que se aplica a vários setores e, portanto, não está limitada a problemas de engenharia.

 

 

(PS)A sua produção acadêmica circula brilhantemente pelo cenário internacional notadamente em formato de artigos publicados em jornais científicos e anais de congressos. Existe algum livro da sua autoria em preparação ou já em vias de publicação? Qual o tema e conteúdo?

 

 

(CF) Não tenho livro de minha autoria. Tenho algumas ideias e aspirações de escrever algo no futuro sobre reconhecimento de padrões em processos de produção com aplicações em detecção de falhas. Ressalto que em nossa área a publicação de artigos em periódicos (sobretudo internacionais) é realmente bastante valorizada e acabamos priorizando estas demandas. Espero que tenha fôlego para começar em escrever um livro em algum momento da minha carreira.

 

 

 

ACERVO

 

Vanádio

Elemento químico de transição, dúctil e brilhante. É um metal e pode ser encontrado em minerais, no carvão, no petróleo e em óleos vegetais. Seus compostos costumam ser utilizados como catalisadores na fabricação de ácido sulfúrico, na produção de poliamidas e nas ligas com o ferro e com alumínio para confecção de aços. Além disso, podem ser utilizados nas indústrias automobilísticas e aeronáuticas e em reatores nucleares devido às suas propriedades. A maior parte das reservas de vanádio são encontradas na Rússia, China e África do Sul. No RI/UFBA você encontra diversos trabalhos acadêmicos sobre este tema, entre os quais:

 

Métodos analíticos para avaliação e controle de vanádio e cobre em água de mar e efluentes de refinaria de petróleo

Melo, Adriana Santana Queiroz

 

 

Obtenção de catalisadores de vanádio e magnésio suportados em carvão ativado para a produção de estireno

Holtz, Raphael Dias

 

 

Síntese sonoquímica de novos nanohíbridos de óxido de vanádio/polímero condutor

Almeida, Jeferson do Rosário

 

 

Os impactos socioeconômicos da exploração do Vanádio em Marás- BA

Guerra, Luciano Farias Carvalho

 

 

Determinação multielementar e análise de especiação de vanádio em amostras ambientais da Baía de Todos os Santos, Bahia, Brasil, por técnicas espectrométricas

Santos, Gabriel Luiz dos

 

 

 

Solubilidade

É a quantidade máxima que uma substância pode dissolver-se em um líquido, e se expressa em mols por litro, gramas por litro ou em porcentagem de soluto/solvente. Esse termo designa tanto fenômeno qualitativo do processo (dissolução), como expressa quantitativamente a concentração das soluções. A solubilidade de uma substância depende da natureza do soluto e do solvente, assim como da temperatura e da pressão às quais o sistema é submetido. No RI/UFBA você encontra diversos trabalhos acadêmicos sobre este tema, entre os quais:

 

Solubilidade das substâncias orgânicas

Martins, Cláudia Rocha

Lopes, Wilson Araújo

Andrade, Jailson Bittencourt de

 

 

Geoquímica do Petróleo: obtenção de asfaltenos a partir da matéria orgânica solúvel-mos

Reyes, Claudia Yolanda

Triguis, Jorge Alberto

 

 

Sulfetos: por que nem todos são insolúveis?

Martins, Cláudia Rocha

Silva, Luciana Almeida

Andrade, Jailson Bittencourt de

 

 

Por que todos os nitratos são solúveis?

Silva, Luciana Almeida

Martins, Cláudia Rocha

Andrade, Jailson Bittencourt de

 

 

Hanseníase

Trata-se de uma das doenças mais antigas na história da medicina. A Hanseníase é causada pelo bacilo de Hansen, o Mycobacterium leprae: um parasita que ataca a pele e nervos periféricos, podendo afetar órgãos como o fígado, os testículos e os olhos. O diagnóstico consiste na avaliação clínica, na realização de exames laboratoriais e diferenciais. O Brasil é o segundo país do mundo com maior número de casos de hanseníase, segundo a OMS, ficando atrás apenas da Índia. No RI/UFBA você encontra diversos trabalhos acadêmicos sobre este tema, entre os quais:

 

Perfil clínico-epidemiológico da hanseníase no município de Irecê-Bahia, período 2001 a 2011

Santos Filho, Reinaldo Cicílio dos

 

 

Hanseníase em menores de 15 anos em Salvador (Bahia).

Santos, Sélton Diniz dos

 

 

Acessibilidade ao exame de contato de hanseníase na Estratégia de Saúde da Família em Cuiabá, Mato Grosso – Brasil

Oliveira, Sônia Paiva de

 

 

Rastreamento da hanseníase e infecção do Mycobacterium leprae utilizando os antígenos recombinantes LID - 1 e PADL

Souza, Marilena Maria de

 

Hanseníase, exclusão e preconceito: histórias de vida de mulheres em Santa Catarina

Martins, Patrícia Vieira

Caponi, Sandra

 

 

 

Alerta circula semanalmente, às terças-feiras, sob a coordenação de Flavia Garcia Rosa (Edufba) e Rodrigo Meirelles (RI/PROPCI). A execução está a cargo de Bernardo Machado, Évila Santana Mota (estagiários do Repositório Institucional). A revisão é de Tainá Amado (estagiária do Repositório Institucional). O design gráfico é de Gabriela Nascimento e Laryne Nascimento (Edufba). A divulgação está a cargo de Camila Fiuza (estagiária da Edufba).