N.138 | 22 de Abril de 2015
Nova seção no Alerta
DIÁLOGOS POSSÍVEIS
Em busca do diálogo entre as Ciências
A seção Diálogos se destina a fomentar a interação entre pesquisadores/autores, de distintas áreas do conhecimento, que disponibilizam o conteúdo de sua produção no Repositório Institucional da UFBA. Boa leitura!
Alerta é uma publicação do Núcleo de Disseminação do Conhecimento (NDC) e destina-se a divulgar a produção acadêmica da UFBA registrada no seu Repositório Institucional. O Núcleo foi criado e é mantido pelo Grupo Gestor do Repositório Institucional da Universidade Federal da Bahia (RI/UFBA). Para mais informações e para acessar todas as edições do Alerta, visite: www.ndc.ufba.br.
DIÁLOGOS POSSÍVEIS
Em busca do diálogo entre as Ciências
Othon Jambeiro professor da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia dialoga com Roberto Sidnei Macedo, professor da Faculdade de Educação da UFBA.
(OJ) Examinando seu currículum- vitae observa-se que você tem se dedicado intensamente ao tema “currículo”. Ele está presente em praticamente toda sua produção acadêmica, abordado sob alguns aspectos predominantes. Um deles me chamou a atenção: a relação entre currículo e etnopesquisa crítica. Apreciaria muito saber como está o estado-da-arte neste aspecto e como você está se movimentando nele.
(RS) De fato já há algum tempo eu e me Grupo de Pesquisa FORMACCE nos dedicamos em construir a relação estnopesquisa crítica e currículo. São dois aportes acadêmicos e científicos com identidades próprias, mas que, entretanto, se entretecem a partir das demandas das nossas pesquisas de estudos. Com fortes identificações com as pesquisas qualitativas e a etnometodologia, a denominação etnopesquisa crítica é uma elaboração da nossa autoria, pela primeira vez publicada num livro produzido pela EDUFBA, editado no ano de 2000, com o título A etnopesquisa crítica e multirreferencia. Outras publicações da nossa autoria com essa temática e suas bifurcações - Etnopesquisa-formação; Etnopesquisa implicada; Um rigor outro - foram realizadas pela própria EDUFBA e pela Editora Liber Livro na sua Coleção "Pesquisa".
Quanto à relação entre a etnopesquisa e o campo do currículo, faz-se pela necessidade de se compreender e conceber currículos levando em conta os diversos atores sociais e seus etnométodos aí implicados, inseridos nos mundos acadêmico-científico, do trabalho, da produção, da política, das culturas etc. Há aqui, ao mesmo tempo, uma refinada preocupação de que currículos reflitam uma formação que não se restrinja a temas/conhecimentos apenas produzidos pelo mundo acadêmico e científico e seus vieses, por entendermos que a formação e sua inerente complexidade não pode ser uma preparação pautada tão somente no domínio técnico, que em educação denominamos criticamente de tecnicismo pedagógico.
(OJ) Outra coisa que desperta minha curiosidade é o fato de você, estudando tão intensamente o tema currículo, ter pouca produção relativamente à EAD, um campo em franca expansão (desordenada, talvez?).
(RS) Concordo com a quantificação da minha produção relacionada a currículo e EAD. Tenho diálogos (in)tensos e fecundos com meus colegas que trabalham com os temas currículo e formação on line. Faço algumas inserções formativas com eles, entretanto, ainda não me sinto autorizado acadêmica e cientificamente e não consigo o tempo de produção suficiente - o campo do currículo é vastíssimo - para me impregnar dessa experiência no sentido de produzir conhecimentos com essa relação que reconheço importante. Tudo indica que minhas interações entre essas pautas educativas chegarão a um nível de maturação suficientes para a realização de pesquisas e estudos mais aprofundados e em quantidade significativa, para as demandas sociais que aí se realizam.
(OJ) Vi que seu projeto de pesquisa atual volta-se para a educação de jovens e adultos (EJA), e parece-me que numa perspectiva mais ampla que apenas “currículo”: o título do projeto sugere que você e sua equipe estão investigando não só o plano e as ações de formação em larga escala de formadores (professores), mas também o produto final disto, isto é, a incorporação do conhecimento específico pelos formadores, como resultante do plano e das ações de formação. Como o projeto é financiado pela Secretaria de Educação, deve-se supor que o método será de pesquisa-ação. É isto mesmo?
(RS) Correto. Chamamos essa atividade de formação de formadores em EJA de formação-pesquisa. Uma bifurcação da pesquisa-ação com influências claras do nossos aportes em currículo e em etnopesquisa,na qual a formação em ato também produz conhecimento que retroalimenta essa própria formação e suas políticas. Aqui os atores da formação não são considerados "idiotas culturais", como afirmou Garfinkel a respeito daqueles que, em pesquisas clássicas transformam narrativas e ações em meros "dados". As experiências narradas de aprendizagens e de ausências de conhecimentos pertinentes para uma melhor qualificação desses formadores (professores da educação básica em EJA) são entretecidas criticamente com conhecimentos já estabelecidos pelo campo da formação da EJA. A propósito, as experiências on line com diários, fóruns etc, tem nos aportado uma riqueza de (in)formações riquíssima, com possibilidades de triangulações e transposições para outras experiências formativas.
Grato pelas questões. Em meu nome e do Grupo de Pesquisa FORMACCE.
ACERVO
CAPITALISMO
Sistema econômico, em que os meios de produção e distribuição são de propriedade privada e com fins lucrativos.Surgiu com o fim do feudalismo.No geral, o capitalismo orienta a rentabilidade ou obtenção de benefícios num regime livre em que o Estado não intervém. Seu elemento central é o mercado, pois é ele que regulariza os preços e as retribuições. A concentração e distribuição dos rendimentos capitalistas dependem das condições particulares de cada sociedade. No RI/UFBA você encontra diversos trabalhos acadêmicos sobre este tema, entre os quais:
Mundialização do capital financeiro e instabilidade sistêmica
Almeida, Adson Antônio Freitas
Globalização: última etapa do capitalismo?
A dialética da globalização e a supressão do pré-capitalismo
Balanco, Paulo Antonio de Freitas
CIRURGIA BARIÁTRICA
Cirurgia de redução do estômago indicada para redução do peso em caso de obesidade mórbida associada a algumas doenças, como diabetes, por exemplo. É considerado um procedimento complexo e apresenta risco de complicações. É realizado em pessoas maiores de 18 anos de idade, sob orientação de um endocrinologista. Os pacientes submetidos a essa cirurgia devem ser acompanhados por um nutricionista por um longo tempo, com o objetivo de receber orientações específicas para a elaboração de uma dieta adequada. Os tipos da cirurgia bariátrica são: bypass gástrico, gastrectomia vertical, banda gástrica ajustável e derivação biliopancreática. No RI/UFBA você encontra diversos trabalhos acadêmicos sobre este tema, entre os quais:
Análise da Correlação entre nesidioblastose e cirurgia bariátrica
Cirurgia Bariátrica:demandas bio-psico-sociais
Miranda, Jaqueline Amorim Gomes de
Percentual de remissão do diabetes tipo 2 em pacientes submetidos à gastroplastia tipo fobi-capella
Perfil glicêmico e lipídico pré e pós-cirurgia bariátrica
TV DIGITAL
É uma nova tecnologia que oferece qualidade superior à TV analógica. Utiliza um modo de modulação e compressão digital para enviar vídeo, áudio e sinais de dados aos aparelhos compatíveis com a tecnologia, proporcionando transmissão e recepção de maior quantidade de conteúdo por uma mesma frequência (canal) e imagem de alta definição (high-definition). Suas principais inovações são: interatividade, exibição de informações sobre a programação de cada canal, mobilidade e portabilidade (transmissão em aparelhos móveis) e multiprogramação (transmissão de mais de um programa simultaneamente em única emissora). No RI/UFBA você encontra diversos trabalhos acadêmicos sobre este tema, entre os quais:
Possibilidades para a educação em rede com a tv digital no Brasil
Contribuições para a Modelagem de Aplicações Multimídia em TV Digital Interativa
Educação, inclusão sociodigital e o sistema brasileiro de televisão digital
Educação, TV digital e mídia esportiva: um sinal de qualidade?
Tv pública e políticas culturais no Brasil: trajetória, interseções e desafios