N.145 | 9 de Junho de 2015

Nova seção no Alerta

DIÁLOGOS POSSÍVEIS

Em busca do diálogo entre as Ciências

 

A seção Diálogos se destina a fomentar a interação entre pesquisadores/autores, de distintas áreas do conhecimento, que disponibilizam o conteúdo de sua produção no Repositório Institucional da UFBA. Boa leitura!

 

Alerta é uma publicação do Núcleo de Disseminação do Conhecimento (NDC) e destina-se a divulgar a produção acadêmica da UFBA registrada no seu Repositório Institucional. O Núcleo foi criado e é mantido pelo Grupo Gestor do Repositório Institucional da Universidade Federal da Bahia (RI/UFBA). Para mais informações e para acessar todas as edições do Alerta, visite: www.ndc.ufba.br.

 

DIÁLOGOS POSSÍVEIS

Em busca do diálogo entre as Ciências

 

A professora Renata Veras (RV) do Instituto de Artes e Humanidades Professor Milton Santos da Universidade Federal da Bahia, dialoga com a professora Blandina Felipe Viana (BV),do Instituto de Biologia da UFBA.

 

(RV) Sabemos que o conceito de extensão tem uma certa variação de acordo com o suporte conceitual que cada ator social faz uso e com a experiência de cada um. Qual a concepção de extensão que você trabalha?

 

(BV) A minha concepção de extensão universitária está alinhada com os conceitos preconizados pela Politica Nacional de Extensão Universitária, apresentada pelo Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Instituições Publicas de Ensino Superior do País (FORPROEX, 2012) e pelo Regulamento da Extensão Universitária da UFBA (RESOLUÇÃO CAPEX Nº 02/2012) onde a extensão universitária é definida como “um eixo acadêmico de atuação que articula as funções de ensino e pesquisa, amplia e viabiliza a relação entre a Universidade e a sociedade e contribui com a formação cidadã dos participantes”. De acordo com esse conceito a extensão universitária deve ser entendida como uma via de aproximação entre a Universidade e a sociedade, com grande potencial para gerar conhecimentos capazes de contribuir para o enfrentamento de problemáticas que emergem na realidade contemporânea.

 

(RV) Durante a sua gestão na Pró-Reitoria de Extensão, a Atividade Curricular em Sociedade passou a ser denominada como Ação Curricular em Comunidade e em Sociedade e está sendo ofertada como um componente curricular na UFBA. Quais as principais repercussões para a comunidade acadêmica e para a sociedade essa mudança implica?

(BV) A Ação Curricular em Comunidade e Sociedade é uma forma bastante criativa e inovadora de inserção qualificada da extensão nos currículos dos cursos de Graduação. Idealizada pela UFBA, durante a gestão do Reitor Felipe Serpa, em 1996, com o Programa “UFBA em campo”, ela vem sendo oferecida sistematicamente, desde 2001. O caráter inovador da ACCS, que busca efetivar, na prática, a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, tem inspirado muitas IES no Brasil e na América Latina. A sua regulamentação na UFBA como um componente curricular na modalidade disciplina, foi um passo significativo para Institucionalização da Extensão Universitária, pois a partir da sua regulamentação os cursos de Graduação que não previam ACCS em seus projetos pedagógicos deverão proceder a inclusão desse componente em seus currículos. Como consequência, os colegiados de cursos começaram a se mobilizar para atender as diretrizes institucionais, buscando aprimorar seus currículos com práticas de atuação em comunidade e sociedade. Para os docentes e participantes, o envolvimento na disciplina é também uma oportunidade para novos aportes metodológicos de ensino e de trabalho transdisciplinar, e para a formação de profissionais mais preparados para lidar com os problemas da realidade social e de indivíduos com maior consciência cidadã. Somados a isso, a contabilização da carga horária da ACCS na carga horária de atividades de ensino do docente e a inclusão dessa disciplina nos históricos escolares dos Estudantes, favorecerá a ampliação da oferta da disciplina.

 

(RV) Na sua perspectiva e experiência, quais as principais facilidades e dificuldades para se desenvolver trabalhos de extensão na universidade?

(BV) Uma facilidade é que nos últimos anos, o potencial da Extensão Universitária vem sendo progressivamente compreendido pelo Governo Federal e pelas agências de Fomento, que passaram a fomentar programas e projetos de extensão, como por exemplo, o PROEXT-MEC, que representa a principal fonte de financiamento público a ações de extensão no país. Em paralelo, a UFBA, por intermédio da PROEXT, criou uma série de Programas Institucionais de apoio, como o PIBIEX, a ACCS e o Programa Vizinhanças, que potencializam e contribuem com a qualificação das ações de extensão na nossa Universidade. Contudo, apesar da comunidade acadêmica da UFBA ter respondido bem a esses estímulos, ainda há muitos desafios a serem superados para o pleno reconhecimento e desenvolvimento da Extensão Universitária nas IES brasileiras. Eu destaco, a necessidade de criação de mecanismos legais de financiamento permanente da Extensão, com sua inclusão na Matriz Orçamentária, e de uma política nacional de avaliação da Extensão, como aquelas que já existem para o ensino e a pesquisa. A integralização de no mínimo 10% do total de créditos exigidos para os cursos de graduação em ações de extensão, para atender a Meta 12.7 do Plano Nacional de Educação, é também um desafio a ser enfrentado pelas IES.

 

 

ACERVO

 

GEOPROCESSAMENTO

Conjunto de tecnologias capazes de coletar e tratar informações georreferenciadas, que permitam o desenvolvimento constante de novas aplicações. Utiliza programas de computador que permitem o uso de informações cartográficas (mapas, cartas topográficas e plantas). As ferramentas computacionais para geoprocessamento, chamadas de Sistemas de Informação Geográfica (GIS), permitem realizar análises complexas ao integrar dados de diversas fontes e criar bancos de dados georreferenciados. O Global Position System (GPS) é um exemplo de um tipo de ferramenta do geoprocessamento. No RI/UFBA você encontra diversos trabalhos acadêmicos sobre este tema, entre os quais:

Análise da utilização do geoprocessamento na administração municipal: alcances e limitações dos programas governamentais de disseminação das geotecnologias

Castro, Cássio Marcelo Silva

 

Análise Socioambiental de Valença-BA

Sousa, Cláudia Pereira de

 

Áreas livres para ocupação urbana no município de Salvador - Uma aplicação de tecnologias de geoprocessamento em análise espacial

Carvalho, Silvana Sá de

 

Avaliação da poluição sonora provocada pelo tráfego em um parque urbano utilizando ferramentas de simulação e geoprocessamento

Santos, Valdizio Soares dos

 

Geoprocessamento e Urbanismo

Pereira, Gilberto Corso

Silva, Barbara-Christine Nentwig

 

 

JURISDIÇÃO

Poder que o Estado detém para aplicar o direito a um determinado caso, com objetivo de solucionar conflitos de interesse e, com isso, resguardar a ordem jurídica e a autoridade da lei. Atua por meio dos juízes de direito e tribunais regularmente investidos. A jurisdição compete geralmente apenas aos órgãos do Poder Judiciário, porém já é aceito que outros órgãos também exerçam essa função desde que exista autorização constitucional. Seus princípios são a inafastabilidade, improrrogabilidade, investidura, correlação, indelegabilidade e inércia. No RI/UFBA você encontra diversos trabalhos acadêmicos sobre este tema, entre os quais:

 

Dimensões do mínimo existencial: atuação jurisdicional e proteção da essência da república

Barbosa, Charles Silva

 

Interações judiciais transnacionais em matéria constitucional

Pereira, Vitor Moreno Soliano

 

A intervenção do amicus curiae na tutela coletiva de direitos: um meio de viabilização do acesso à justiça

Santana, Patrícia da Costa

 

Jurisdição no estado do bem estar e do desenvolvimento

Carvalho, Morgana Bellazzi de Oliveira

 

Responsabilidade civil do Estado por atos jurisdicionais: releitura à luz do direito fundamntal à boa jurisdição

Barreto, Lucas Hayne Dantas

 

 

BIBLIOMETRIA

Campo da área de Biblioteconomia que aplica métodos estatísticos e matemáticos para analisar e construir indicadores sobre a dinâmica e evolução da informação científica e tecnológica de determinadas disciplinas, áreas, organizações ou países. Tem abrangência interdisciplinar e pode ser aplicada em diversas áreas do conhecimento. Estimar a cobertura das revistas científicas, identificar autores e instituições mais produtivos e medir o impacto das publicações e dos serviços de disseminação da informação é umas das diversas possibilidades de aplicação do uso da bibliometria.No RI/UFBA você encontra diversos trabalhos acadêmicos sobre este tema, entre os quais:

Análise cientométrica dos estudos bibliométricos publicados em periódicos da área de biblioteconomia e ciência da informação (1990-2005)

Machado, Raymundo das Neves

 

Análise da produção bibliográfica sobre vigilância sanitária no Brasil: um estudo bibliométrico do período 1999-2010

Nunes, Elenice Matos Freitas

 

A Ciência da Informação no Brasil: um retrato da área através do estudo de autoria e da análise das redes de colaboração científica

Nascimento, Bruna S. do

 

A produção bibliográfica sobre o Programa Saúde da Família no Brasil: análise bibliométrica do periodo 1994-2009

Carvalho, Jamille Amorim

 

Produção de conhecimento sobre “Participação e Controle Social em Saúde” (1980-2005)

Rocha, Marcelo Nunes Dourado