N.153 | 11 de agosto de 2015

Nova seção no Alerta

DIÁLOGOS POSSÍVEIS

Em busca do diálogo entre as Ciências

 

A seção Diálogos se destina a fomentar a interação entre pesquisadores/autores, de distintas áreas do conhecimento, que disponibilizam o conteúdo de sua produção no Repositório Institucional da UFBA. Boa leitura!

 

Alerta é uma publicação do Núcleo de Disseminação do Conhecimento (NDC) e destina-se a divulgar a produção acadêmica da UFBA registrada no seu Repositório Institucional. O Núcleo foi criado e é mantido pelo Grupo Gestor do Repositório Institucional da Universidade Federal da Bahia (RI/UFBA). Para mais informações e para acessar todas as edições do Alerta, visite: www.ndc.ufba.br.

 

Em virtude das dificuldades de "diálogo" nesse período de paralisação das atividades na UFBA, faremos uma retrospectiva dos primeiros DIÁLOGOS

 

DIÁLOGOS POSSÍVEIS

Em busca do diálogo entre as Ciências

 

A professora Maria Helena Silveira Bonilla  (MB) da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia (UFBA) dialoga com a professor Maria Virginia Gordilho Martins  (VG) da Escola de Belas Artes da UFBA 

 

 

MB - Viga, você tem formação em artes, com percurso ativo por cargos e instituições que definem políticas de formação e de produção do conhecimento na área. Gostaria que falasse das contribuições dessa itinerância para a constituição da professora/pesquisadora Viga Gordilho.

 

VG - Acredito que o exercício em cargos administrativos em âmbito acadêmico fortalece o entendimento das diferenças, e especialmente promove um exercício democrático entre o pensar e o fazer artístico. Busquei ao longo desses quarenta anos no exercício da docência encontrar pontos de convergências entre as atividades administrativas desenvolvidas, a pesquisa, a extensão e o ensino, sem fronteiras, mas em um fluxo contínuo e permeável de idéias e conceitos onde os nexos detectados fortaleceram e fortalecem a minha trilha universitária.

 

MB - O contexto contemporâneo é fortemente marcado pela valorização e formação do sujeito consumidor (de bens, serviços, informações, cultura). Para fazer frente a essa tendência, um dos conceitos mais valorizados nas pesquisas acadêmicas, hoje, é o de autoria. Gostaria que falasse se e como teu grupo de pesquisa MAMETO - MAtéria, MEmória e conceiTO em poéticas visuais contemporâneas, que desenvolve investigações sobre o processo criativo, estabelece aproximações teóricas e práticas entre os conceitos de criatividade e de autoria.

 

VG - O grupo de pesquisa MAMETO CNPq vem trabalhando exatamente em coletivos, onde a autoria é dissolvida em ações compartilhadas.

“A Estética Relacional” de Nicolas Bourriaud, que trouxe grande impacto nos anos 90 do século passado e no início do novo século, tem constituído uma âncora nas nossas atividades artísticas. Nesse sentido, tentamos trazer o espectador como parte integrante na completude da obra, ao participar da elaboração do seu sentido. Como nos situaBourriaud , “A atividade artística constitui não uma essência imutável, mas um jogo cujas formas, modalidades e funções evoluem conforme as épocas e os contextos sociais”. Como líder do grupo proponho valorizo a criação das relações entre as pessoas e o mundo, tendo como critérios estruturais nessa relação, a confiança, o conhecimento e a cumplicidade. Comungamos com a idéia de Bourriaud, de que as obras lidam com os modos de intercâmbio social, a interação com o espectador dentro da experiência estética proposta, os processos de comunicação enquanto instrumentos concretos para interligar pessoas e grupos. Bourriaud vislumbra na arte relacional a possibilidade de “relações sociais mais justas, modos de vida mais densos, combinações de existência múltiplas e fecundas”. Nessa perspectiva, pensamos e utilizamos nas práticas propostas,o entrelaçamento da tríade, Matéria, Memória e Conceito , como elementos estruturantes da arte contemporânea. A primeira, relativa à potencialidade da materialmente em transformar a idéia em obra; a segunda, envolvendo as referências de espaço, tempo e identidade para a criação; e a terceira, a escolha de reflexões significativas no percurso da criação, levando-se em conta a produção artística e as relações sociais vivenciadas.Outra autora que tem consolidado o nosso percurso de criação é Cecília de Almeida Salles. No seu livro “Redes da criação”, ela aborda a questão dos ”nexos” que são encontrados no trajeto criativo, nexos esses fundamentais para a pesquisa em arte.

 

 

MB - É possível considerar o processo criativo como um processo ativista? Qual o papel da arte na formação do cidadão crítico da realidade em que vive?

 

VG - O processo criativo é vivo. O artista pesquisador instaura ideias e conceitos. Os modos contemporâneos de criar, ensinar e pesquisar a arte hoje ampliam e diversificam os modos de ser e estar, o que torna o conceito interdisciplinaridade cada vez mais presente e necessário. Um ponto importante da INTERDISCIPLINARIDADE na pesquisa em arte é que as disciplinas não são o foco da atenção do artista pesquisador ; o foco é o problema , questão ou objeto artístico que cada disciplina pode dialogar.

Nesse sentido, é significativo observamos que cada realidade cultural tem a sua lógica interna, a qual devemos procurar conhecer para que façam sentido as suas práticas, costumes, concepções e as transformações pelas quais estas passam - CONTEXTO. Arte, Cultura e Sociedade, há ritmos diversos e mobilidades variáveis, onde cada cultura é o resultado de uma história particular e única. É justamente esse conhecimento prévio que pode levar o cidadão a reflexões críticas para buscar mudanças possíveis.

 

ACERVO

 

Piscicultura

Constitui um ramo da aquicultura e se refere ao cultivo de peixes em águas doce e marinha. Para tanto, os peixes são cultivados em açudes e viveiros escavados, que têm sido uma das opções para pequenos produtores rurais, além de gaiolas ou tanques-rede, que são alternativas mais econômicas e onde sua implantação ocorre com maior rapidez. Segundo o Ministério da Pesca e Aquicultura, no Nordeste as espécies mais cultivadas são a tilápia e o camarão marinho. No RI/UFBA você encontra diversos trabalhos acadêmicos sobre este tema, entre os quais:

 

Desempenho zootécnico e morfometria intestinal de alevinos de tilápia-do -Nilo alimentados com Bacillus subtilis ou mananoligossacarídeo

Carvalho, Jaciane Vergne de
Lira, Alessandra Danile de
Costa, Denise Soledade Pereira
Moreira, Eduardo Luiz Trindade
Pinto, Luis Fernando Batista
Abreu, Ricardo Duarte
Albinati, Ricardo Castelo Branco

 

 

Substituição do óleo de peixe por óleo de soja em dietas para beijupirá (Rachycentron canadum)

Silva Júnior, R.F.
Nova, W.V.
Farias, J.L.
Bomfim, C.N. Costa
Tesser, M.B.
Druzian, J.I.
Correia, E.S.
Cavalli, R.O.

 

 

Biomarcadores histológicos: toxicidade crônica pelo Roundup em piauçu (Leporinus macrocephalus)

Albinati, Ricardo Castelo Branco
Moreira, E.L.T.
Albinati, R.C.B.
Carvalho, J.V.
Lira, A.D. de
Santos, G.B.
Vidal, L.V.O.

 

 

Avaliação da qualidade nutricional em espécies de pescado mais produzidas no Estado da Bahia

Andrade, Graciele de Queiroz
Bispo, Eliete da Silva
Druzian, Janice Izabel
 

 

Clustering of ingredients with amino acid composition similar to the nutritional requirement of Nile tilapia

 

Bicudo, Álvaro José de Almeida
Pinto, Luis Fernando Batista
Cyrino, José Eurico Possebon

 

Videoclipe

Caracteriza-se por ser um filme curto num suporte eletrônico que, segundo alguns estudiosos, teve início na década de 1950 com as cenas de Gene Kelly em Cantando na Chuva. Representa a união entre música e imagem com a finalidade de gerar um produto audiovisual que sirva como base para a divulgação de uma canção. Os videoclipes sempre estiveram muito relacionados ao marketing devido à preponderância quase total dos vídeos musicais e publicitários na produção mundial de vídeos curtos, embora com o advento da internet a palavra esteja regressando ao seu sentido original. No RI/UFBA você encontra diversos trabalhos acadêmicos sobre este tema, entre os quais:

 

Parceiros no clipe: a atuação e os estilos autorais de diretores e artistas musicais no campo do videoclipe a partir das colaborações Mondino/Madonna e Gondry/Björk

Barreto, Rodrigo

 

 

Narratividade e videoclipe: interação entre música e imagem nas três versões audiovisuais da canção "One" do U2

Carvalho, Claudiane

 

 

A construção imagética dos videoclipes: canção, gêneros e performance na análise de audiovisuais

Soares, Thiago

 

 

A fabricação do ídolo pop: a análise textual de videoclipes e a construção da imagem de Madonna

Barreto, Rodrigo

 

 

Humanoides pós-naturais: atualizações de Frankenstein na cultura ocidental

Mattos, Marília

 

Cacau

Matéria-prima do chocolate e das indústrias alimentícias, o cacau é considerado um importante produto para economia da Bahia. Atualmente, o Brasil é o 5° maior produtor de cacau do mundo, ao lado apenas da Costa do Marfim, Gana, Nigéria e Camarões. Pesquisas constataram que, além das sementes, as cascas do cacau podem ser utilizadas como alimentos para os bovinos, suínos, aves e peixes, além de serem empregadas na produção de biofertilizantes. No que diz respeito às suas características nutricionais, o cacau constitui um alimento com grande quantidade de antioxidantes que ajudam na prevenção de doenças. No RI/UFBA você encontra diversos trabalhos acadêmicos sobre este tema, entre os quais:

 

Caracterização de chocolates provenientes de cultivares de cacau Theobroma cacao L resistentes a vassoura de bruxa

Leite, Paula Bacelar

 

 

Caracterização das sementes de variedades de cacau Theobroma cacao L. resistentes à vassoura de bruxa durante a fermentação e após a secagem

Cruz, Jaqueline Fontes Moreau

 

 

Aproveitamento industrial de “mel” de cacau(Theobroma cacao l) na produção de geléia sem adição de açúcar

Santos, Carine Oliveira dos

 

 

Perfil sensorial de pó de cacau (Theobroma cacao L.) alcalinizado

Bispo, Eliete da Silva
Ferreira, Vera Lúcia Pupo
Santana, Ligia Regina Radomille de
Yotsuyanagi, Katumi

 

 

Eficácia da atividade antioxidante e caracterização de embalagens ativas biodegradáveis formuladas com amido de mandioca e derivados de cacau e café

Silva, Luciana Tosta