N.160 | 29 de Setembro de 2015
Nova seção no Alerta
DIÁLOGOS POSSÍVEIS
Em busca do diálogo entre as Ciências
A seção Diálogos se destina a fomentar a interação entre pesquisadores/autores, de distintas áreas do conhecimento, que disponibilizam o conteúdo de sua produção no Repositório Institucional da UFBA. Boa leitura!
Alerta é uma publicação do Núcleo de Disseminação do Conhecimento (NDC) e destina-se a divulgar a produção acadêmica da UFBA registrada no seu Repositório Institucional. O Núcleo foi criado e é mantido pelo Grupo Gestor do Repositório Institucional da Universidade Federal da Bahia (RI/UFBA). Para mais informações e para acessar todas as edições do Alerta, visite: www.ndc.ufba.br.
Em virtude das dificuldades de "diálogo" nesse período de paralisação das atividades na UFBA, faremos uma retrospectiva dos primeiros DIÁLOGOS
DIÁLOGOS POSSÍVEIS
Em busca do diálogo entre as Ciências
O professor Pedro Abib (PA) da Faculdade de Educação Universidade Federal da Bahia (UFBA) dialoga com a professora Nídia Lubisco (NL) do Instituto de Ciência da Informação da UFBA.
(PA) No mundo contemporâneo, a rápida circulação de informações tem alterado bastante vários aspectos e hábitos da vida cotidiana. Como vc percebe, por exemplo, a questão do livro? O hábito de ler um livro (não me refiro à leitura virtual), de procurá-lo numa biblioteca, sentar e passar uma tarde lendo nesse espaço, ainda é comum?
(NL) No Brasil, temos algumas questões de fundo: do ponto de vista histórico, uma cultura ágrafa; logo, a falta de cultura em usar biblioteca (elas também tardaram a se implantar no país). A própria formação de professores é feita sem biblioteca; e eles formam alunos da mesma maneira. Temos aqui um círculo vicioso. Mas a diversidade de situações do Brasil não nos permite generalizar: há bibliotecas paupérrimas, há excelentes bibliotecas, temos não-leitores e temos leitores. A indústria editorial brasileira é pujante. Claro, inclua-se aí a produção volumosíssima de livros didáticos, mas não se pode desconhecer também a diversidade e quantidade de títulos, tanto nacionais quanto traduções e livros estrangeiros que circulam hoje nas livrarias. Por outro lado, vejo a internet, cujo advento chegou a promover a criação de correntes sobre o fim do livro impresso, mais como uma aliada (não falo por ela em si, mas pela tecnologia que implica). Então, hoje, sabendo ler, gostando de fazê-lo e tendo um poder aquisitivo mediano – estas são outras variáveis determinantes – há incontáveis possibilidades de acesso, tanto pago quanto livre – inimagináveis há 25 anos – a bibliotecas inteiras, obras esgotadas, títulos estrangeiros, tanto em papel, quanto digital; sem contar os livros de segunda mão, encontráveis, via internet, em sebos existentes em qualquer parte do mundo. Então, fechando a resposta: ainda é comum encontrar gente em biblioteca, lendo, mas também consultando a rede mundial.
(PA) Quais as principais transformações que vc vislumbra para um futuro próximo, em relação às questões relacionadas à leitura, a circulação da produção literária e acadêmica e, principalmente, à democratização e o acesso a essa produção por parte da população em geral.
(NL) De um lado, claro está, há uma necessidade premente de termos uma população alfabetizada para poder ser leitora. Por outro, temos cada vez mais mecanismos e iniciativas de acesso. No caso da academia, vejo três movimentos como de grande impacto a médio e longo prazo: a popularização da ciência (e das artes e das letras), os repositórios institucionais (pela sua função de visibilização da produção técnica, científica e artística) e a filosofia de open archives (que tem a ver com os repositórios, mas não só, na oferta de livre acesso a obras de diversos tipos, suportes e conteúdos).
(PA) Falando em produção acadêmica, qual a sua opinião sobre os critérios adotados pela CAPES/CNPQ em relação à avaliação docente, que qualifica o professor apenas pelo número de artigos publicados em determinados periódicos, desconsiderando outros tipos de produção acadêmico-científica-literária-artística?
(NL) Esse é um tema polêmico: se por um lado, os critérios de avaliação por parte das nossas maiores agências de fomento contemplam, incentivam e reconhecem o mérito, por outro podem atuar como uma forma de repressão, de discriminação e que podem, inclusive, levar à mediocridade (sabe-se de produções que se repetem, de um ano para outro, mudando a maquiagem, por exemplo). Qualitativamente, nossa produção cresce, em alguns campos ainda timidamente, mas tanto interna, quanto externamente o Brasil tem uma boa presença (temos muitas áreas científicas de ponta); já quantitativamente, não tenho dados, mas pelo que se lê, não é incomum encontrar “variações sobre o mesmo tema”.
ACERVO
COMUNIDADE
Conjunto de pessoas que se organizam sob o mesmo conjunto de normas. Geralmente vivem no mesmo local, sob o mesmo governo ou compartilham do mesmo legado cultural e histórico. Estudantes que vivem no mesmo dormitório, pessoas que vivem no mesmo bairro, aldeia ou cidade são exemplos de comunidade. Do ponto de vista da Ecologia, é a totalidade dos organismos que fazem parte do mesmo ecossistema, que interagem entre si e não apenas uma reunião de indivíduos (população). No RI/UFBA você encontra diversos trabalhos acadêmicos sobre este tema, entre os quais:
Diversidade de abelhas (Hymenoptera: Apoidea) em uma área de transição Cerrado-Amazônia
Santos, Florisvaldo Mesquita dos
Carvalho, Carlos Alfredo Lopes de
ATOR
Pessoa que interpreta e representa uma ação dramática baseando-se em textos, estímulos visuais, sonoros, dentre outros, previamente concebidos por um autor. O ator utiliza recursos vocais, corporais e emocionais, com o objetivo de transmitir ao espectador o conjunto de ideias e ações dramáticas proposta. Atua em locais onde se apresentam espetáculos de diversões públicas e/ou nos demais veículos de comunicação. O primeiro ator da história chamava-se Tespis, que criou o monólogo ao apresentar-se em plena Dionisíaca, na Grécia Antiga, no século V a.C., em Atenas. No RI/UFBA você encontra diversos trabalhos acadêmicos sobre este tema, entre os quais:
Oliveira, Antonio Ricardo Fagundes de
Estradas de sonhos: uma contribuição circense na formação do ator
Leitura dramática:um recurso para revelação do texto
Campbell, Patrick George Warburton
ESCORPIÃO
Pertence à ordem dos Scorpiones, na classe dos aracnídeos. É um animal invertebrado e artrópode. Algumas espécies possuem glândula produtora de veneno neurotóxico, de elevada periculosidade para o homem. São carnívoros, alimentando-se principalmente de cupins, moscas, grilos, baratas e outros tipos de insetos. Quando falta alimento em sua região, costumam alimentar-se de outros animais da mesma espécie. Habitam locais bem escuros (buracos, fendas, entre os tijolos, no meio de entulhos, etc.). No RI/UFBA você encontra diversos trabalhos acadêmicos sobre este tema, entre os quais:
NOVAES, GEÓVANA
QUEIROZ, ARISTIDES C.
QUEIROZ, AMANDA P.
SANTOS, RAQUEL R.
FLORES, DIMITRI G.
HENKES, GUSTAVO
FERNANDES, BRUNO J. DUMET
Acidentes por escorpião em uma área do Nordeste de Amaralina, Salvador, Bahia, Brasil
Amorim, Andréa Monteiro de
Carvalho, Fernando Martins
Lira-da-Silva, Rejâne Maria
Brazil, Tania Kobler
Estudo do veneno de Tityus serrulatus (Scorpiones; Buthidae) procedente do estado da Bahia, Brasil
Silva, Tiago Ferreira da
Silva, Luciana Lyra Casais e
Barbosa Júnior, Aryon de Almeida
Silva, Rejâne Maria Lira da
Porto, Tiago Jordão
Caldas, Elda Araújo
Cova, Bruno Oliveira
Santos, Valdélia Menezes Nascimento
Brazil, Tania Kobler
Porto, Tiago Jordão