N. 275 | 06 de julho de 2018
Alerta é uma publicação do Núcleo de Disseminação do Conhecimento (NDC) e destina-se a divulgar a produção acadêmica da UFBA registrada no seu Repositório Institucional. O Núcleo foi criado e é mantido pelo Grupo Gestor do Repositório Institucional da Universidade Federal da Bahia (RI/UFBA).
Governança
Sua etimologia vem de “governar” (latim) + o sufiço “ança”, que somados significaria “resultado de conduzir ou governar”. Contudo, a palavra tem um caráter mais amplo. Pois, diferente de governabilidade, governança engloba as políticas governamentais, suas articulações e cooperações entre os diversos atores sociais. Desta forma, a governança é a dimensão de governar operando para além das instituições determinadas do Estado abrangendo toda a sociedade sobre algum processo decisório. No contexto atual, de sociedades complexas com problemas que possuem múltiplas dimensões e causas surgiu a necessidade de se pensar a governabilidade, pois esta abrange mais pessoas para o debate de problemas sociais. No RI/UFBA você encontra diversos trabalhos acadêmicos sobre este tema, entre os quais:
Governança e orçamento participativo: reflexões a partir do caso de porto alegre
Oliveira, Edimilson Francisco de
Oliveira Neto, João Martins de
A controladoria em organizações públicas: uma avaliação das práticas de governança
Coronelismo
O coronelismo foi um sistema político que comandou nos primeiros anos de república no Brasil, trazendo grande impacto principalmente para a região do Nordeste. Tal sistema era baseado no mando dos coronéis, estes, portanto, não tinham necessariamente graduação militar, mas eram grandes latifundiários que exploravam as terras e os escravos e confundiam a dimensão de público e do privado. Um exemplo disto é o próprio clientelismo, uma das características principais do coronelismo, que consistia em troca de benefícios entre cidadãos e os coronéis, tal relação era baseada no poder de dominação dos coronéis, que lideravam todo o cenário político do país. Desta forma, foi significativo a “política do café com leite”, um arranjo entre as oligarquias de São Paulo e de Minas Gerais para a manutenção de candidatos à presidência que fossem apenas deste meio. No RI/UFBA você encontra diversos trabalhos acadêmicos sobre este tema, entre os quais:
O mandonisno local na Chapada Diamantina
Mulheres sertanejas: política e economia no sertão da ressaca (1840-1920)
Poder político e propriedade da terra no território do Velho Chico, Bahia
De tropeiro a coronel: ascensão e declínio de Marcionillo Antônio de Souza, (1915-1930)
Paradoxo
Sua etimologia é do latim (paradoxum) e do grego (paradoxos), formado por “para” (contrário) e “doxum” (opinião), portanto, significando opinião contrária ao que é considerado válido socialmente. Paradoxo é uma figura de linguagem que demostra supostamente algo, mas traz uma contradição lógica. Por isso, toda uma concepção que se contradiz em sua própria estrutura é considerada paradoxal. Apesar de apresentar raciocínio ilógico, os paradoxos apresentam significados importantes dentro de um determinado contexto, sendo, deste modo, compreensível. No Ocidente, há um paradoxo muito conhecido de Luís Camões: “O amor é ferida que dói e não se sente”. Se realizado o exame literal de cada palavra, percebe-se uma incoerência lógica, contudo o conjunto da frase e do poema revelam os valores do amor, um sentimento que manifesta muitas vezes as contradições. No RI/UFBA você encontra diversos trabalhos acadêmicos sobre este tema, entre os quais:
KAUARK, Giuliana D’el Rei de Sá
Ensino de Música no Instituto Federal da Bahia: Paradigmas e paradoxos
Ferreira, Marcos de Souza
Formação de Professores: contrapontos e paradoxos no PROINFANTIL/BAHIA 2010 - 2012
Bitencourt, Lais Caroline Andrade
O paradoxo do turismo no Vale do Capão: olhar antropológico sobre uma nova ruralidade brasileira.
O paradoxo das Palmas: análise do (des)uso da moeda social no bairro da economia solidária