N. 342 | 19 de novembro de 2019
Alerta é uma publicação do Núcleo de Disseminação do Conhecimento (NDC) e destina-se a divulgar a produção acadêmica da UFBA registrada no seu Repositório Institucional. O Núcleo foi criado e é mantido pelo Grupo Gestor do Repositório Institucional da Universidade Federal da Bahia (RI/UFBA).
Os últimos trabalhos depositados na semana 12.11 a 18.11
Ruralidades, práticas pedagógicas e narrativas docentes
Souza, Elizeu Clementino de
Pinho, Ana Sueli Teixeira de
Lima, Érika Joely Casaes de Jesus
Portugal, Jussara Fraga
Almeida, Maria do Socorro da Costa e
Lima, Maristela Rocha
Ramos, Michael Daian Pacheco
Orrico, Nanci Rodrigues
Ribeiro, Neurilene Martins
Coêlho, Patrícia Júlia Souza
Sousa, Rosiane Costa de
Quilombo
Aldeias que refugiavam os escravos, os quilombos tem uma história de longa luta. No contexto de brasil-colônia os quilombos ficavam escondidos nas matas, em lugares inacessíveis, para que os escravos não fossem facilmente encontrados, assim, este era o lugar que eles conseguiam se reunir e levar uma vida livre. Um dos quilombos mais famosos foi o Quilombo dos Palmares, que ficava na então capitania de Pernambuco, atualmente o estado brasileiro de Alagoas. E tinha Zumbi como seu grande líder da aldeia. Hoje, os quilombos não deixaram de existir, contudo possuem outro significado, mas sem esquecer esse seu contexto histórico de luta. Conforme o Decreto 4.887/2003, são grupos étnico-raciais, segundo critérios de autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida. No RI/UFBA você encontra diversos trabalhos acadêmicos sobre este tema, entre os quais:
Diretrizes Territoriais Preliminares para o Quilombo Rio dos Macacos (BA)
Lugares de memória do Quilombo Mesquita
Silva, Cyntia Temoteo da Costa
Acesso a terra: um direito coletivo das comunidades remanescentes de Quilombo do Baixo Sul da Bahia
Vivas, Tarcisio Mikelly Peralva de
Processo de formação quilombola na Bahia: reconhecimento e deliberação
Interseccionalidade
É uma teoria sociológica feminista, que se destacou com o debate de Kimberley Crenshaw no ano de 1989 ao tratar de questões das mulheres negras nos EUA. Dessa forma, a interseccionalidade afirma que várias categorias (culturais, como sexo, gênero, raça, classe, performance sexual) se integram e se associam contribuindo para uma desigualdade e sofrimento social ainda maior de uma pessoa. Assim, segundo (RAMOS, 2018), as formas de opressão se inter-relacionam, criando um sistema de opressão que reflete a "interseção" de múltiplas formas de opressão e discriminação. Com isso, uma mulher, negra e bissexual sofre ainda mais preconceito do que uma mulher branca heterossexual; pois essas categorias “mulher”, “negra” e “bissexual” se cruzam de forma que o preconceito social se reflete ainda mais naquela mulher do que esta última. No RI/UFBA você encontra diversos trabalhos acadêmicos sobre este tema, entre os quais:
Transfobia, racismo e suas implicações na saúde de pessoas transexuais negras: transgressão do pensar a partir do âmbito do SUS
Oliveira, Gilmara Silva de
Caleidoscópios de gênero: gênero e interseccionalidades na dinâmica das relações sociais
Sardenberg, Cecília Maria Bacellar
Na trama das interseccionalidades: mulheres chefes de família em Salvador
Uma história sobre as muitas histórias de chimamanda ngozi agichie
Violência institucional
É quando entidades estatais, que devem oferecer proteção aos cidadãos e colaborar na garantia de direitos, ferem tais princípios e agem de modo violento para com um indivíduo. Assim, quando se trata de violência institucional pode se referir à conduta de um funcionário público quando este realiza uma ação discriminatória, por exemplo. Contudo para além de uma única conduta, violência estrutural é toda violação dos direitos humanos advinda da administração pública ao tratar um cidadão com desrespeito por causa do seu gênero, classe social ou pela sua cor de pele. Neste sentido, quando um profissional da saúde pública maltrata, por exemplo, uma gestante em trabalho de parto, mandando-a calar a boca este age com violência institucional. Tal violência se reflete, principalmente, em condutas recorrentes dentro de um meio institucional. Por isso, nos últimos anos, foram lançadas campanhas informativas a fim de combater essa violência incentivando que os cidadão denunciassem os casos ao Ministério Público (MP).No RI/UFBA você encontra diversos trabalhos acadêmicos sobre este tema, entre os quais
Interoperabilidade e violência institucional no sistema prisional: (O caso da Comarca de Salvador –Bahia)
Santos, Andremara dos
Violência doméstica e institucional em serviços de saúde: experiências de mulheres
Gesteira, Solange Maria dos Anjos
Significados da maternidade para mulheres que vivenciaram a violência obstétrica
Representações sociais de familiares sobre a violência de gênero