N.159 | 22 de Setembro de 2015
Nova seção no Alerta
DIÁLOGOS POSSÍVEIS
Em busca do diálogo entre as Ciências
A seção Diálogos se destina a fomentar a interação entre pesquisadores/autores, de distintas áreas do conhecimento, que disponibilizam o conteúdo de sua produção no Repositório Institucional da UFBA. Boa leitura!
Alerta é uma publicação do Núcleo de Disseminação do Conhecimento (NDC) e destina-se a divulgar a produção acadêmica da UFBA registrada no seu Repositório Institucional. O Núcleo foi criado e é mantido pelo Grupo Gestor do Repositório Institucional da Universidade Federal da Bahia (RI/UFBA). Para mais informações e para acessar todas as edições do Alerta, visite: www.ndc.ufba.br.
Em virtude das dificuldades de "diálogo" nesse período de paralisação das atividades na UFBA, faremos uma retrospectiva dos primeiros DIÁLOGOS
DIÁLOGOS POSSÍVEIS
Em busca do diálogo entre as Ciências
O professor Edvaldo Souza Couto da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia (UFBA) dialoga com a professora Monica de Aguiar Mac-Allister da Silva (MS) da Escola de Administração da UFBA.
(EC) Um conceito recorrente em suas pesquisas e publicações é o de Capital Social. Comente como esse conceito lhe ajuda a estruturar suas investigações e a articular gestão e comunidade.
(MS) O mais próximo de Capital Social que cheguei foi na pesquisa Mapeamento e Difusão de Ferramentas de Gestão do Conhecimento e Capital Social em Comunidades Locais: um estudo sobre as marisqueiras do Mangue Seco em Valença (BA). Nesta pesquisa, faço uma participação como integrante, conduzi uma oficina de gestão com catadeiras e marisqueiras locais e ainda contribuo para discussões e relatoria. Quem coordena esta pesquisa e utiliza e desenvolve o referido conceito no seu trabalho é Ana Maria Ferreira Menezes.
(EC) Um dos seus projetos de pesquisa atual visa o apoio ao ensino de gestão social com desenvolvimento territorial. Fale um pouco do desenvolvimento e de alguns resultados parciais desse estudo.
(MS) Trata-se do Programa de Apoio ao Ensino de Gestão Social do Desenvolvimento Territorial (PAEGS/DT - PRÓ-ADM), que é coordenado por Tânia Maria Diedrichs Fischer (verhttp://lattes.cnpq.br/9497816962454189); a quem devo uma parte significativa de minha formação como professora e meu ingresso na docência, e especialmente, no campo de administração. Antes de me qualificar e atuar como pesquisador, professor e orientador em administração, exercia exclusivamente a profissão de arquiteto e urbanista e tive uma experiência de dois anos como professor substituto no curso de arquitetura. Sob a orientação e a coordenação Tânia Maria Diedrichs Fischer, e nos últimos anos no PAEGS/DT- RÓ-ADM, tive oportunidade de integrar administração, arquitetura, urbanismo e ainda educação, isto ensinando em diversos cursos de extensão, graduação e pós-graduação, dentre os quais aqui destaco os cursos de: Extensão em Gestão Social; Especialização em Gestão do Desenvolvimento e Responsabilidade Social na modalidade Ensino à Distância (EAD), e Mestrado Multidisciplinar e Profissionalizante em Desenvolvimento e Gestão Social. Em paralelo, desenvolvi estudos e publiquei artigos sobre gestão organizacional, social e pública, e espaço e território no campo dos estudos organizacionais.
(EC) Recentemente você publicou um trabalho intitulado "Uma aventura da luxúria", num livro coletivo publicado pela EDUFBA intitulado Sete pecados capitais nas organizações. Apresente aspectos positivos e negativos da luxúria nas organizações. Em outras palavras, em que medida a luxúria pode ser um valor que agrega ou desagrega pessoas e estimula ou atrofia a produção nas organizações?
(MS) Produzir conhecimento e, após a publicação, difundir o conhecimento que produzi sobre luxúria tem sido uma aventura para mim pelo tema e pela abordagem que dei ao tema. Quando fui convidada por Luiz Alex Silva Saraiva, um dos organizadores do livro Sete pecados capitais nas organizações (ENOQUE; CARRIERI; SARAIVA, 2014), para escrever o capítulo sobre luxúria, desconhecia o tema e ao longo da pesquisa a novidade deu lugar a amplitude e a complexidade. Para abordagem do tema fiz arriscadas escolhas ontológica, epistemológica, teórica e metodológica e interpretei o significado ético, estético e lógico de luxúria. Respondendo a pergunta, transcrevo a seguir o final do capítulo:
A essa altura concluo que os significados lógico, estético e ético da luxúria para a organização e a gestão organizacional são as finalidades ou consequências práticas do desejo ou amor luxurioso, em síntese: o prazer sexual e a transgressão. Se a luxúria na organização é potencialmente transgressora, ela pode levar a organização a processos de construção e desconstrução, integração e fragmentação, estruturação e desestruturação, estabilização e mudança ou transformação, conservação e inovação etc. Para lidar com a luxúria na organização e sua potencial transgressão, a gestão da organização pode: se opor a ela, ignorando ou tentando evitar, proibir, controlar, dominar, eliminar etc., ou se aliar a ela, utilizando e potencializando seu caráter transgressor em favor da organização, se é que isso é possível. (p. 222 – 223)
ACERVO
DESEMPREGO
Refere-se à falta de emprego. Ocorre principalmente em países subdesenvolvidos por causa das deficiências econômicas. É classificado em: desemprego cíclico, que consiste na falta de trabalho durante um momento de crise econômica; estacional, que surge pela flutuação da oferta e procura; friccional, que ocorre quando o empregado e a entidade patronal não chegam a um acordo; e estrutural, que ocorre por conta de um desajuste técnico entre a procura e oferta de trabalhadores. As reformas tributária, agrária e social são consideradas umas das medidas para amenizar o desemprego. No RI/UFBA você encontra diversos trabalhos econômicos sobre este tema, entre os quais:
Empreendimentos de economia solidária: uma alternativa ao sistema de produção capitalista
Reestruturação produtiva e desemprego estrutural: caso do Pólo Petroquímico de Camaçari
Silva, Luiz Gustavo Araújo da Cruz Casais
JUVENTUDE
Caracterizada como aquilo que tem existência recente e o período da vida do ser humano compreendido entre a infância e o desenvolvimento pleno de seu organismo. É a fase de formação do indivíduo, na medida em que depende de vários aspectos como a maturidade física e psicológica, o entrelaçamento das relações sociais, a possibilidade de entrar no mercado de trabalho, etc. Uma pessoa jovem depende de critérios culturais atrelados à comunidade que pertence, por isso é difícil definir uma linha tênue entre quando começa e termina a fase da juventude. No RI/UFBA você encontra diversos trabalhos econômicos sobre este tema, entre os quais:
A imagem da recriação da juventude: televisão e propaganda
Educação e mídia esportiva: representações sociais das juventudes
A nova política e a ação de atores jovens nos espaços plurais da sociedade civil
Benevides, Silvio Cesar Oliveira
“Vale a pena ver de novo?”: juventude, escola e televisão
Dantas, Maria da Conceição Carvalho
APRENDIZADO
Experiência inicial do ato de aprender. É o processo de aquisição de conhecimentos e habilidades possibilitados através do ensino e do estudo. O aprendizado estabelece ligações entre certos estímulos e respostas equivalentes, causando da adaptação do indivíduo ao seu meio. Ocorre com a modificação de mecanismos do sistema nervoso central que, posteriormente, influem em pautas de conduta. Depende do nível de desenvolvimento desses mecanismos e é determinada pelo número de neurônios disponíveis. No RI/UFBA você encontra diversos trabalhos econômicos sobre este tema, entre os quais:
CARVALHO JUNIOR, César Valentim de Oliveira
ROCHA, Joseilton Silveira da
BRUNI, Adriano Leal
Redes de aprendizado em sistemas complexos de produção
Teixeira, Francisco
Guerra, Oswaldo
Aprendizagem formal, controladoria e vieses cognitivos: um estudo experimental
Carvalho Junior, César Valentim de Oliveira
Avaliação como espaço de aprendizagem em softwares educativos
Gurgel, Carmesina Ribeiro
Aguiar, Germaine Elshout de
Silva, Nayana do Nascimento e